segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Nights in Rodanthe

Não sei se faz muito sentido. Mas eu não acredito no amor. Menos sentido faz eu começar um post assim, mas não estou muito organizada com meus pensamentos no momento.

São apenas divagações movidas por um filme ridículo, romântico e triste, um livro ao estilo de "As pontes de Madison" e o ilustríssimo (e sem sal) "Sex and the city" da Candace Bushnell.

Considerando que comecei a ler SATC hoje, consegui ler umas 50 páginas. Qualquer um que já viu o primeiro episódio da série estrelada por Sarah Jessica Parker, Kim Catrall, Kristin Davis e Cynthia Nixon sabe que o começo é feito das conversas de rodas de amigos... o meu ponto, e volto ao amor, é:

"Minha amiga Carrie entrou na conversa. Ela conhecia aqueles tipos.
- Toda vez que um cara me diz que é romântico, eu sinto vontade de gritar - disse. - Isso só quer dizer que um homem tem uma visão romanceada da gente, e assim que a gente fica real e pára de fazer o jogo dele, ele se desliga."

E o que uma coisa tem a ver com a outra? Bem, no filme a Diane Lane conhece um homem (Richard Gere) e eles se apaixonam em dias. Com muito romance, com muita... vejamos... ternura. Spoiler alert: ele morre e ela chora (e eu também).

E, inevitavelmente, eu comecei a pensar na minha falta de crença. Não religiosa e sim afetiva. Tem o amor familiar, o amor que eu sinto pelos meus pais, pelo meu irmão, pelos meus amigos. E só.

Mais do que crer num "eu te amo", não consigo mais acreditar nas palavras mais gerais. É tão simples falar coisas bonitas, jogar palavras ao vento como se elas por si próprias resolvessem os problemas. E talvez o problema seja quem eu sou mesmo, talvez seja da pessoa cética que vos escreve.

Mas não consigo. Juro que não consigo...

Refletindo muito sobre esse assunto, acredito que até hoje amei de verdade apenas um homem (ou um moleque, tanto faz)... e me dói lembrar de como tudo aconteceu, de como passei quase um ano com as conversas por telefone na cabeça, com as juras de amor na cabeça... de como ele me destruiu emocionalmente.

Arranca um pedaço de mim olhar aquela criança linda, com os olhos tão azuis quanto os dele, dizendo "Daddy, come play with me". Ele tem 6 anos. Os mesmos 6 anos da minha incapacidade de curar essa ferida, da minha descrença no amor...

Sabendo do que aconteceu nesses últimos anos, pode-se pensar que estou sendo contraditória... o tempo passa, vamos vivendo da nossa maneira e as coisas vão acontecendo... coisas que não temos controle na maioria das vezes e nem sabemos ao certo o que são. O fato é que hoje eu sei que o que eu estava procurando mesmo é o tal do romance - e suas palavras vazias e sem significado - (coisa que o amor platônico dá aos montes) quando, na verdade, eu não quero isso.

Só quero algo verdadeiro.

I believe this made no sense at all... Well, deal with it.

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