quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

And the Oscar goes to...

Vou começar esse post dizendo que vou escrever sobre minha diva, sobre a realização de um sonho. Mas não posso deixar de comentar que estou preocupada com um acontecimento em especial e a dúvida, juntamente com a minha intuição, acaba com o meu humor. Porque se eu estiver certa (o que parece que virou rotina), minha cabeça vai explodir de tanta dor, e não será a dor que se cura com dipirona.

E o Oscar vai para... Jean Dujardin!

Assim que Natalie Portman entregou a Dujardin a estatueta, senti meu coração parar e surgir uma vontade nojenta de vomitar. Já conseguia imaginar o Colin Firth abrindo o envelope e, com uma cara bem triste, dizendo "Viola Davis". A câmera daria um close na Meryl, que estaria sorrindo assim como sorriu em 1984, 1986, 1988, 1989, 1991, 1996, 1999, 2000, 2003, 2007, 2009 e 2010.

Doze derrotas seguidas... Dói demais pensar no quanto a Academia a despreza. E todas as vezes que cortavam para a Sandra Bullock eu lembrei de 2010... no quão desolados ficamos, no quão triste foi ver a Meryl lá novamente, lutando (e perdendo a batalha) para ter mais uma estatueta, cansada de sentar lá e simplesmente fazer parte do show porque, apesar das palavras, a Academia não reconhece que ela é simplesmente a melhor atriz de todos os tempos.

Todos os fãs que acompanham essa jornada de Oscars perdidos sabem que, apesar de sempre dizer que é divertido, ela está cansada de ter mil indicações e zero prêmios. Fica estampado no rosto dela que perder toda vez cansa, que ela tem uma grande vontade de sambar na cara da Academia (como o Woody Allen) e simplesmente sumir de lá.

Eu a vi perder para Susan Sarandon, Gwyneth Paltrow, Catherine Zeta-Jones, Helen Mirren, Kate Winslet e Sandra Bullock... e, com exceção da Helen Mirren (que interpretou brilhantemente a rainha Elizabeth), em todas as vezes ela foi injustiçada. Ela é a melhor de todos os tempos e não tem discussão, não importa o que a Academia acha!

Esse Oscar não era diferente dos outros. Todos os blogs que previam os prêmios diziam que ela estava muito perto de finalmente ganhar seu terceiro Oscar, mas era impossível ganhar da Viola.

Vou deixar bem claro que se a Viola ganhasse o prêmio não seria injusto... e na verdade ela já deveria ter uma estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante em 2009 por "Doubt" ("Dúvida"). E dessa vez, caso perdesse, a Meryl ficaria muito feliz, porque é louca pela Viola, elas são grandes amigas. Talvez o que me deixaria irritada numa possível (e provável) derrota para a Viola é que o papel da Viola em "Histórias Cruzadas" é como o da Kate Winslet em "The Reader" ("O Leitor"): atriz coadjuvante. Não é o papel principal porque não tem papel principal.

Assim que o Colin Firth entrou no palco... eu morri. Não consigo explicar o que, e acho que falo em nome de todos os Streepers, senti. Não conseguia respirar e minhas mãos estavam na cabeça... Eu tinha fé que 2012 seria o nosso ano, mas estava morrendo de medo.

A cerimônia inteira durou 3 horas, mas aquele momento durou um dia inteiro... foi uma eternidade entre a saída da Portman e do Dujardin do palco até o Colin abrir o envelope.

Até Colin Firth, aquele pedaço de mau caminho que mais estava torcendo claramente para a Meryl (porque talvez assim ele ganharia outro beijo na boca - vide ele colocando o sapato que a Meryl doida perdeu na hora de receber o prêmio de melhor atriz no BAFTA), estava tenso. Não era o Colin dos Golden Globes, não era o Colin do BAFTA...

Mas ele fez questão de fazer piadas com "Mamma Mia" e dizer o que todos já sabem: ela é a melhor de todos os tempos e ponto final.

"And the Oscar goes to..."

Já vi esse momento umas 10000 vezes. Apesar de ser rápido, durou uma eternidade. O auditório estava tenso e provavelmente todos ali queriam que finalmente viesse. Sandra Bullock queria, Kate Winslet queria, Viola Davis queria, Glenn Close queria, Colin Firth queria... Come on, Academy! Give her the 3rd Oscar! Eu estava morta de joelhos em frente à televisão... era a hora de fazer meu sonho virar realidade.

"... Meryl Streep!"

Foi uma explosão de alegria. Todos eles explodiram, indicados ou não, competindo com ela ou não. Dava para ver nos olhos de todos eles que era isso o que queriam. Sério... DOZE DERROTAS SEGUIDAS!

Eu chorava (e gritava um pouquinho)... praticamente soluçava de tanto chorar. O improvável tinha acontecido: a Academia havia parado de ignorar Meryl Streep! Depois de 29 anos!

Vejam... é estranho. Não acredito que exista fã mais louco que um Streeper. Talvez é porque essa idolatria é muito mais do que ter um ídolo... Ela não é só uma atriz maravilhosa, é um modelo de mulher, de ser humano. Muita gente criticou a doação do cachê dela em "The Iron Lady" ("A Dama de Ferro") para o Museu da História da Mulher, o que francamente não entendo. E é essa raiva dos haters que não entendo! Porque não importa o quão boa tenha sido a atuação, não importa o quanto foi importante para a instituição a doação, não importa o que ela faça, sempre tem gente que vai cair matando. E aí eu entendo completamente quando ela começa o discurso dizendo:

"When they called my name I had this feeling I could hear half of America going... OH, NO! Oh, come on, why... HER... AGAIN?"

Sempre procuram colocar um defeito. Sempre. Porque o filme não é bom... oi, é o prêmio de melhor atriz e não de melhor filme.

E então ela faz uma declaração linda para o marido, Don Gummer, com quem é casada há 30 anos. Estamos falando de 30 anos e não de 30 dias. E estamos falando de Hollywood, de uma mulher extremamente famosa casada com um escultor pouco conhecido. De uma mulher que já disse em várias entrevistas que antes de mais nada vem a sua família, o que, no final do dia, realmente importa. De uma mulher que não usou seu nome para alavancar a carreira dos filhos, de uma mulher que, mesmo tendo tudo que se possa imaginar, faz questão de ter uma vida normal em NY.  De uma mulher que reconhece o que nós fãs fazemos e que sempre é muito gentil com todos. De uma mulher que raramente está envolvida em polêmicas e que declaradamente adora uma cachaça (vide a entrevista com a pergunta sobre qual tinha sido a última vez que havia ficado bêbada - hilário) e sexo (vide discurso do Critics Choice Awards de 2010 - hilário [2]). Um ser humano. E é esse ser humano que me inspira, é esse ser humano completo que é um modelo para mim e que deveria ser um modelo para todos.

Apesar de ainda querer o empate em Oscars com a Katherine Hepburn (4 estatuetas), todos sabem que provavelmente foi seu último Oscar. E eu acredito que no fundo todos sabiam que, caso ela ganhasse, seria um discurso sobre tudo, sobre a carreira.

"I wanna thank all my coleagues, all my friends, and I look out here and... you know, it's... I see my life before my eyes. My old friends, my new friends and... really, this is such a great honour... The thing that counts the most with me is the friendships and the love and the cheer joy we have shared making movies together, my friends... thank all of you... departed and here... for this inexplictably wonderful career."

A cara da Sandra Bullock me corta o coração. Acho que, apesar de se sentir super feliz com sua estatueta, ela se sente meio culpada. Porque no fundo ela sabe que aquele prêmio não deveria ser dela. E me parece que ela é uma das que mais comemorou.

O que me levou a mais lágrimas foi que o discurso deu a impressão de que é o fim, de que agora ela pode descansar. Afinal, o terceiro Oscar veio! Quase três décadas depois, mas veio.

Mas então surgem os haters.... "Porque ela não agradeceu nenhuma das pessoas que participaram do filme além do maquiador, porque ela não tocou no nome das indicadas."

Ah, com todo o respeito, vai se f****! Quem ganhou foi ela, não as outras. E ela sempre fala das indicadas (vide Golden Globes desse ano). "Mas eu estou falando desse discurso e não dos outros". Hein? Acham a mulher overrated, arrogante, forçada e egocêntrica... mas quando apontam que ela sempre elogia o grupo de mulheres indicadas, é um caso particular.

No final das contas, não importa o que os haters pensam. Todos os Streepers atuais podem dizer que viram a melhor de todos os tempos ganhar o Oscar.

We love you, Ms. Meryl Streep. No matter how many more Oscars you win, we'll always love you... And somehow I know she can feel that.



PS1: Eu finalmente sei qual vai ser o sentimento de ver o Corinthians ganhar a Libertadores.
PS2: Eu preciso realmente dizer o que estou pensando do Colin Firth nessa foto? Eu queria um inglês desse de presente de aniversário...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Coming home

Last Sunday Glee was on and I was watching it... I don't like the show, but they do nice things to music, and as I love music, I caught myself appreciating it somehow. It was the episode that Gwyneth Paltrow sings "Landslide", by Stevie Nicks (made famous by the Dixie Chicks). That was so amazing that I had to search some other songs sung by her.

I've never been a fan of her work. I always thought she was overrated and I still don't think she should have won that Oscar for "Shakespeare in love". So I found a song called "Coming home", from a movie called "Country Strong". Amazing song with lyrics so beautiful that you may wanna cry. And her voice... perfect to it. Soft but deep. So I figured out I had to watch that movie...

The cast had, as the lead, besides Paltrow, a girl from Gossip Girl, which reduced me to laughter. The movie must be terrible! As one of the supporting actors, Tim McGraw, a country music legend. Then, some respect.

The best torrent I found was giving me a 2 kbps download rating. And by yesterday, after leaving my computer on almost the entire "vacations", I had 30% concluded.

Yesterday, after some soccer game, I decided to take a look at the movies on HBO and Telecine. HBO was making me very happy, because "Disclosure" (a 1994 classic from Demi Moore and Michael Douglas), with no cuts (which means with the extremely strong - and very well directed, by the way - sex scene), was broadcasted... So I was just checking and a movie called "Onde o amor está" would start by midnight. I like those kinds of movies, no strings attached, no tension, just some ridiculous romantic comedy to make my day better. As I searched for the original title... "Country Strong". What a ridiculous translation!

So... torrent deleted and I would stay up till 3AM watching a movie... superb!

I don't wanna spoil the movie. But here's some summary...

A very famous country singer (Gwyneth Paltrow) is married to a producer (Tim McGraw). She is falling apart after losing her baby because of alcoholism. So they try to rebuild her career by any cost. She has an affair with an employee ("Something" Hedlund) - her husband does not want to touch her anymore - and the husband is tired of facing her crazyness.

The script gives me goosegumps at times and makes me so ashamed at others. There's no continuity (something writers should pay A LOT more attention), a lot of scenes are disconected, the intensity between the characters is weird, but the dialogs are fenomenal. Stunning. The singers and the songs are amazing, whether you're a country fan like me or not.

I watch "House", and I know how much it hurts me when he falls. It sickens me! Because I don't need more tragedy in my life, no one needs some more. People can change and I don't want less than that.

So, as any movie, you expect Paltrow's character to rise. She fails to perform (and to stay sober) for most of the movie... but in Dallas, when her tragedy began, she manages to do it. It starts with a very nice song called "Country Strong" and it ends with a powerfull "Coming home".

That was perfect. She stood tall and then she would rebuild her life... She would leave her husband, stay with the nice guy... they would sing together and live happily ever after!

A very strong line is said by Hedlund's character... "You can't have fame and love"... and that line is in my head until now.

Because it's so true. And it's so sad. It made me realize why I don't watch drama movies more often, why I love the romantic comedy genre. There's no thinking, there's no deep meaning attached to the words. The girl gets the boy and it's all good, everyone is happy.


We can't succeed professionally and be loved at the same time. You have to choose. At the same time, as the end comes, you realize love is what matters, the people around you matter...

"Don't be afraid to fall in love... fall in love for the most things you can"

We can't turn back time. And sometimes we can't fight what time throws at us. Life is hard and sometimes it's impossible to live, but as long as we love, as long as we have a reason to go, it's worth it.


You wanna know the end?
After the show in Dallas, she kills herself, she chooses love over fame.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A song for you

Eu poderia passar o resto da minha vida só ouvindo a voz dessa mulher...















terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

To be continued?

Eu ia escrever um post sobre o show. Mas não dá, não tenho 5 minutos de paz para lembrar do show. Estou de saco cheio.

E pra piorar tudo levei 45 minutos da estação até aqui. Tudo por causa daquela porra de shopping.