quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um dia talvez...

Um dia talvez passe a se importar com as pessoas...
Um dia talvez entenda que ser humano é reconhecer seus erros...
Um dia talvez perceba que a vida é muito mais do que números...
Um dia talvez...

Um dia talvez consiga pedir desculpas sinceras pelas coisas que fez...
Um dia talvez...

Mas o que é isso, não é? Apenas uma criança mimada proferindo palavras "bonitas".

Mas deixe-me dizer uma coisa: a criança mimada sabe muito mais sobre o que é a vida de verdade do que muita gente.

Provavelmente esta será minha última postagem aqui. Essa porra desse blog me lembra muita coisa, muita confissão que fiz para alguém que não merece que eu gaste mais do meu tempo pensando nas coisas "boas".

Ou talvez eu esteja exercitando minha "liberdade" e minha impulsividade e amanhã (ou seria segunda?) eu tenha refletido sobre as palavras.

Muito sarcasmo por pouca coisa, pff.

OBS: Engraçado... o blog no começo tinha um intuito: me deixar útil. Riram da minha cara e nem sequer chegaram em mim para perguntar se estava tudo bem. Hoje eu vejo quem são meus amigos de verdade e vejo quem é que um dia na vida deu importância pra essa pessoa que sempre se doou pelos outros.

Don't ever take me for granted. Ever.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

New way to see life?

Este será um post estranho, meio desconexo.

Por falta de psicólogos, segunda-feira tive consulta com uma psiquiatra. Expliquei minha situação e ela disse que meu transtorno de ansiedade é leve (e que houve evolução para síndrome do pânico leve), mas que, visto os sintomas que apresento (um em particular), era aconselhável começar a tomar remédio. Disse a ela que se fosse imprescindível, tomaria, mas não era a minha intenção: quero aprender a lidar com isso. Não sei se foi a coisa certa a fazer, mas foi uma decisão que tive que tomar em segundos e, se eu quiser, tenho como voltar atrás.

Logo na terça veio a resposta de concessão da bolsa de mestrado da FAPESP, o que me deu uma outra forma de enxergar o andamento das coisas. Talvez porque a maior parte dos meus problemas tinham sumido, de forma boa ou ruim (não importa), eu foquei em um em particular: meus problemas atuais com o canto.

Parei de olhar como uma coisa negativa e comecei a me questionar o que estava errado. E descobri o que estava errado, descobri o que é que me joga para baixo (pelo menos na maior parte das vezes e na maioria das coisas que faço): é a falta de confiança. E aí tive uma visão ainda mais clara de tudo que faz parte da minha vida.

Minha cabeça me boicota em boa parte dos dias. E me auto-destrói quase todos os dias. No momento, cantar é o que dá mais trabalho porque exige amadurecimento, uma coisa que não surge de um dia para o outro. Passei por momento semelhante durante a graduação. Analisei todas as fases da minha vida...

Num desses momentos de reflexão, pedi algo a uma pessoa. Era algo que se não fosse feito (na verdade, se fosse feito) me deixaria acabada... e não sei se conseguiria continuar. Esse questionamento é uma maneira de enfrentar os problemas e tomar uma porrada poderosa nesse momento pode ser "fatal", sem recuperação.

Foi aí que surgiu uma conexão que eu não esperava, uma semelhança psicológica que eu não enxerguei... e me pegou, de forma boa, de surpresa.

A nossa sociedade é extremamente preconceituosa. O que eu tenho, apesar de ser um distúrbio psicológico, não é sério. Graças a Deus. Mas mesmo sendo algo leve, as pessoas sofrem com o preconceito. Preconceito porque as pessoas não entendem quão duro é lutar contra substâncias (?) que seu corpo fabrica. Que é duro controlar a sua cabeça quando ela quer te enlouquecer. E que esse preconceito, dentre outras coisas, ocasiona em depressão. Eu descobri o meu "problema" agora, mas conheço gente que lida com isso há muito tempo.

Torna-se quase proibido falar sobre o que sentimos porque ninguém entende. E as pessoas dizem, independentemente do seu transtorno mais leve (que são vários), "procura ficar calma". Peça para um autista parar de gritar, peça para um esquizofrênico não ter convulsões. Não, não são as mesmas coisas, mas pessoas com TOC, PTSD, TAG (meu caso), TGH também têm seus cérebros fabricando "substâncias" que não deveria. E também passam a ter distúrbios que são encarados como frescura/loucura.

Descobri alguém que lida com isso desde que nasceu. Nasceu com um transtorno psicológico e passou por muita coisa ruim durante seus anos de vida. Que lida com a vontade de se matar até hoje, mesmo já tendo tomado remédios, e que lida com os diversos efeitos que esse transtorno causa. E pela primeira vez na minha vida eu consegui ter uma panorama mais claro da situação, pela primeira vez eu consegui ter "conselhos" sobre o que pode ser feito para controle.

Basicamente ficamos duas horas no telefone (e eu odeio telefone). Numa conversa franca e que me abriu os horizontes. Que me ajudou a perceber qual é a realidade da situação... Você tem que lutar todos os dias. E vai ter que lutar pelo resto da sua vida. Você precisa de foco, você precisa de coragem e de muita vontade.

Vai chorar, vai espernear, vai ouvir as pessoas te dizendo que é mal educada, que é frescura, vai querer jogar tudo pro alto, vai se achar o lixo mais fedido do mundo, vai querer se matar. Mas precisa parar e respirar, precisa não tomar decisões no calor do momento. Precisa fugir, pelo menos por hora, se for preciso.

Algo aconteceu hoje que me deixou muito feliz. Na verdade aconteceu uma coisa que deixou essa pessoa super feliz e correu me contar. Eu fiquei muito, mas muito feliz, principalmente pelo que aconteceu recentemente.

É estranho... mas parece que agora temos um laço meio forte. Uma semelhança que nos une e faz com que a confiança seja extrema. E mutuamente.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Dias decisivos

Recentemente descobri que a Nadia (Letícia do http://cemhomens.com) voltou a escrever. Pessoalmente acho que ela é muito extremista, mas acho uma boa escritora e respeito as idéias dela, acho que vale a pena ler. Recentemente ela passou por uma crise depressiva por causa de um ex-namorado e parou de escrever. Depois criou o Cem + Um que não deu muito certo e agora voltou para o Cem Homens.

Lendo seus posts mais recentes, encontrei um que falava sobre relacionamentos abusivos. E me encontrei nisso:

[...] O problema de se sentir, às vezes, uma merda, é que a gente se envolve com gente que se aproveita disso. E nos faz ter CERTEZA que somos uma merda. Na sequência, a pessoa deita e rola (não acontece só em relacionamentos amorosos, mas em familiares, em amizades e até em contatos profissionais), e nós achamos que somos merecedores exatamente daquilo: migalhas. [...]
 
E, apesar do tempo que provavelmente vai demorar para que eu fique bem, fiquei mais tranquila em relação à decisão que tive que tomar hoje. Vai valer a pena, vai me ajudar a lidar com uma série de coisas que fogem ao meu controle (por enquanto).

Sábado ao descobrir que estava, na verdade, em uma balada GLS, senti uma leve frustração. Frustração que depois sumiu porque eu lembrei o que a palavra "diversão" realmente significa. Eu nunca saí de casa procurando rolo, nunca saí de casa para encontrar namorado. Diversão vai muito além de pegar alguém na balada, ou ficar com a auto-estima lá em cima porque um bando de homem (bêbado) veio pra cima de você.

Diversão significa ver seu primo caindo da escada, em ver sua prima conseguir entradas pra área VIP com o Pereirão, em servir de psicóloga para o gayzinho que tinha acabado de levar fora do namorado (e você não conhece), em ver a namorada da sua prima capotar no sofá da área VIP, em dançar sem se preocupar em parecer uma epilética (ou um boneco de posto). Ir comer cachorro-quente e ver seu primo super bêbado pedir 3 completos só com salsicha e batata palha. Chegar em casa 7 horas da manhã, morta de sono, com os pés doendo, mas com aquela sensação de que a noite foi ótima, sentido-se muito bem e sem motivos para ficar mal.

Aí você percebe que não merece menos que isso. E que precisa realmente voltar a encarar a vida como ela é: uma brincadeira com responsabilidade.

Passo por dias decisivos. E como Kelly Clarkson diria, what doesn't kill you makes you stronger.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Ach ich fühl’s

How the genius Mozart can make my heart pour and my soul fade into sadness.

Ach ich fühl’s, es ist verschwunden,
Oh, I feel it’s gone forever,

Ewig hin der Liebe Glück!
Gone and vanished love’s delight!

Nimmer kommt ihr, Wonnestunden,
Hours of joy, I know you’ll never

Meinem Herzen mehr zurück.
Reach my heart to set it right.

Sieh Tamino, diese Tränen
Look, Tamino, tears are burning,

Fließen, Trauter, dir allein.
It’s for you that I’m distressed.

Fühlst du nicht der Liebe Sehnen,
If you don’t feel love’s sweet yearning,

So wird Ruh im Tode sein.
Then in death will be my rest.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Start over again!

Estou tentando reformular o blog, mas tô com excesso de falta de tempo. =P Reformular? Mas por que reformular? Porque uma nova etapa na minha vida começou esse ano. Uma etapa na qual não vou permitir que pisem em mim e vou procurar não me preocupar tanto. Quem quiser que corra atrás. Tenho tantos projetos para esse ano! E espero conseguir realizar cada um deles. Partiu. Aula no conservatório em algumas horas.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Comida japonesa?

Ontem a Rose me chamou pra ir jantar com ela e com o Rogério hoje (quinta) depois da aula. Eu, sabendo que os ônibus passam até 0h55 aqui em Mauá, aceitei.

Rodízio de comida japonesa. Minha favorita? Muito pelo contrário. Salmão cru, só por Deus! Mas... Salmão grelhado, que delícia! Yakisoba, hum!

No geral, até que foi bom... fazia um tempo absurdo que não ia e o trauma "passou". "Passou" porque eu pedi garfo e faca. Porque né...

Ambiente agradável, pessoas ainda mais agradáveis. Não sei... me sinto muito bem ao saber que consegui criar certos laços com pessoas em "pouco" tempo. E pessoas incríveis, pessoas do bem, pessoas honestas e (muito) trabalhadoras. Sem vícios... Tá, só a música (e muuuuito vício).

Passei a noite ouvindo sobre Verdi, Mozart, técnicas vocais, cantar pro fundo, cantar pra frente, pra cima. Professores do mal, professoras que mais parecem mães (tipo a própria Rose), exercícios bizarros (hoje fiz o do "brim brim brim" que, na brincadeira, quase virou "trim trim trim"). Um nível de cultura que eu não estou acostumada e muito interessante. Das minhas últimas saídas, foi certamente uma das que mais me fez bem, principalmente por poder sair do meu mundo por algumas horas e viver essas horas num dos bens mais preciosos do mundo: a música.

A volta foi engraçada.
1. Rose falando sobre a ópera e "cantando" parte de uma ária. Um cidadão passa e fala "isso, canta mesmo". O que acontece depois? Rogério emposta sua voz de tenor spinto e solta tudo o que tem (fantástico, aliás).

2. No trem, em Utinga (mais precisamente), meu telefone toca. Aí já tive que ouvir os sussurros de "mamãe quer saber onde o bebê está". Eu atendo, rindo e tenho que escutar:
"Poxa, Priscila. Onde você está? São 2h30 da manhã."
"Ahn?"
"2h30!"
"Mãe, não é nem meia noite!" A Xuxa estava tão preocupada em "voltar tarde" que viu o horário de qualquer jeito e achou que era de madrugada. Tadinha da minha Xuxinha! =)

Informação preciosa do dia (que não precisaria revelar mas vou mesmo assim): descobri o que fazer para cantar no período de menstruação!

Sim! Porque precisa fazer macumba para não sentir alguém te dando um soco (com facas) quando você usa o apoio com cólicas. E, sem cólicas, usar o mesmo apoio parece que você está parindo um hipopótamo (ou qualquer coisa grande).

A resposta é simples para esse problema: não cante.

PS: O horário certo no relógio quando Mamis ligou era 23h38.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Untitled

E, como já era esperado, as coisas não andam nada bem por aqui.

Passei a maior parte da tarde tentando enxugar minhas lágrimas. Tudo o que eu queria fazer era ter condições de chegar e falar: Chega! Vamos voltar pra casa!

Não fico bem ao saber o que ela está passando aqui. E se entupindo de anti-depressivo para suportar, para continuar.

Tudo o que tenho hoje são meus sobrinhos. É neles que me agarro, é nessas crianças maravilhosas que penso ao acordar, são elas que me fazem levantar da cama todos os dias.

Costumava me esconder nos estudos. Costumava amar o que eu fazia (e ainda faço). Hoje até isso me machuca (por razões óbvias).

E a única pessoa pra quem eu correria é a quem eu jamais irei confiar novamente.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Talking to the moon

"Às vezes me arrependo por ser prestativo, por pedir desculpas quando não fiz nada de errado e por tratar como prioridade pessoas que não valem a pena."

Me sinto terrível, jogada no lixo. Sempre me dou completamente ao que faço e a única coisa que espero é um mínimo de reciprocidade. Não que passem as noites acordados porque teve que fazer tal coisa urgente, mesmo sem ter tempo para tal. Mas que tenham atenção, que reparem nas coisas básicas. Infelizmente não é assim que funciona.

No momento estou tentando descobrir como faço para não me sentir pior do que eu normalmente me sinto. Nada está dando certo, tudo está saindo muito ruim... e agora eu descubro que eu sou tão insignificante, mas tão insignificante... Tanto faz o que está acontecendo, tanto faz as consequências que SOMENTE eu irei encarar. Tanto faz, o importante é "remediar" para ter a consciência limpa.

Meu problema com palavras é que elas sempre foram falsas. Sempre com outras intenções por trás delas. Mais uma vez o tempo foi capaz de me mostrar que isso sempre acontece.

Talvez já tenha passado da hora de tratar as pessoas como elas me tratam.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Der holle rache

Meia hora tentando começar a escrever o relatório. Tá tenso...
Mas pra começar o ano bem, melhor soprano do universo (mais uma loira do planeta da Lara e da Jackie). A tia Diana é qualquer coisa de espetacular.



Lalalalalala, verei Verdi no Municipal agora em janeiro.