segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Dias decisivos

Recentemente descobri que a Nadia (Letícia do http://cemhomens.com) voltou a escrever. Pessoalmente acho que ela é muito extremista, mas acho uma boa escritora e respeito as idéias dela, acho que vale a pena ler. Recentemente ela passou por uma crise depressiva por causa de um ex-namorado e parou de escrever. Depois criou o Cem + Um que não deu muito certo e agora voltou para o Cem Homens.

Lendo seus posts mais recentes, encontrei um que falava sobre relacionamentos abusivos. E me encontrei nisso:

[...] O problema de se sentir, às vezes, uma merda, é que a gente se envolve com gente que se aproveita disso. E nos faz ter CERTEZA que somos uma merda. Na sequência, a pessoa deita e rola (não acontece só em relacionamentos amorosos, mas em familiares, em amizades e até em contatos profissionais), e nós achamos que somos merecedores exatamente daquilo: migalhas. [...]
 
E, apesar do tempo que provavelmente vai demorar para que eu fique bem, fiquei mais tranquila em relação à decisão que tive que tomar hoje. Vai valer a pena, vai me ajudar a lidar com uma série de coisas que fogem ao meu controle (por enquanto).

Sábado ao descobrir que estava, na verdade, em uma balada GLS, senti uma leve frustração. Frustração que depois sumiu porque eu lembrei o que a palavra "diversão" realmente significa. Eu nunca saí de casa procurando rolo, nunca saí de casa para encontrar namorado. Diversão vai muito além de pegar alguém na balada, ou ficar com a auto-estima lá em cima porque um bando de homem (bêbado) veio pra cima de você.

Diversão significa ver seu primo caindo da escada, em ver sua prima conseguir entradas pra área VIP com o Pereirão, em servir de psicóloga para o gayzinho que tinha acabado de levar fora do namorado (e você não conhece), em ver a namorada da sua prima capotar no sofá da área VIP, em dançar sem se preocupar em parecer uma epilética (ou um boneco de posto). Ir comer cachorro-quente e ver seu primo super bêbado pedir 3 completos só com salsicha e batata palha. Chegar em casa 7 horas da manhã, morta de sono, com os pés doendo, mas com aquela sensação de que a noite foi ótima, sentido-se muito bem e sem motivos para ficar mal.

Aí você percebe que não merece menos que isso. E que precisa realmente voltar a encarar a vida como ela é: uma brincadeira com responsabilidade.

Passo por dias decisivos. E como Kelly Clarkson diria, what doesn't kill you makes you stronger.

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