quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Change

Lembro de duas músicas no momento... "Change", da LeAnn Rimes e "Change" da Carrie Underwood. E ao som dessas duas músicas bem diferentes venho escrever...

A vida vem me ensinando algumas lições. A que provavelmente foi a mais importante veio via facebook por uma pessoa muito querida e muito presente na minha vida nesses últimos meses:

O URSO E A PANELA

Um grande urso, vagando pela floresta, percebeu que um
acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em
brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina
já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda
sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo.

Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe
atingindo. Na verdade, era o...
calor da tina...
Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde
mais a panela encostava.

O urso nunca havia experimentado aquela sensação e,
então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como
uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar
muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a
panela quente contra seu imenso corpo.Quanto mais a tina
quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu
corpo e mais alto ainda rugia.

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram
o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira,
segurando a tina de comida.O urso tinha tantas
queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso
corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar
rugindo.

Não era para mim, mas serviu para me trazer lágrimas e reflexões sobre o que anda acontecendo. Muitas vezes é preciso desapegar para continuar. Muitas vezes é necessário recomeçar, e recomeçar do zero. Vai doer, vai te jogar no chão... mas valerá a pena. Ontem, pela primeira vez em quase três meses eu me senti bem, sem fuga, sem ansiedade. Feliz, correndo com os meus sobrinhos, falando muita besteira e vivendo. Vivendo pelas pessoas que valem a pena.

Se eu sinto falta? Todos os dias. Mas hoje está doendo muito menos do que estava há 1 semana. E exatamente há 1 semana eu estava desesperada, confusa, insegura e esperando um único gesto, gesto bem simples que independia de animosidades. Eu esperava que fizessem por mim o que eu faria pelas pessoas. O gesto não veio na semana passada, não veio na outra, nem na outra... Ingenuidade e inexperiência.

O fato é que hoje me sinto muito menos culpada do que me sentia no dia 18 de novembro. Aliás, não me sinto mais culpada pelo que não fiz. Às vezes provar do próprio veneno acaba te mostrando quem as pessoas realmente são e quem você tem ao seu lado.

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