quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Precisa de um título?

Não estou com muita vontade de escrever. Nem de estudar.

Abri o Dubrovin algumas horas atrás e fiquei lendo... mas sabe quando se lê e na verdade não leu nada?

Não sei o que está acontecendo comigo no momento. Estou numa fase tão zen, tão serena, que até eu mesma me estranho. Acho que sair da UFABC (férias \o/), afastar-me de tudo que vivo durante o ano me fez bem.

Não, talvez até mesmo durante o quadrimestre eu estava tranqüila. Tudo o que fiz (e não fiz) me ajudou a entender o meu problema. E, mais do que isso, ajudou-me a conseguir suportar as terças e quintas.

Hoje eu sou uma pessoa diferente. Ainda com problemas emocionais e sentimentais, mas, pela primeira vez em anos, livre. Uma pessoa capaz de se sensibilizar com o sentimento alheio e, o mais importante, capaz de amar.

Não sei a razão de ter escrito tudo isso. A intenção não era essa. Abaixo, um trecho do meu livro.

E assim, todos nós a observávamos. Não parecia a tão idolatrada Marianne Stamp. Seus olhos, que normalmente pareciam pedaços do céu, estavam sem brilho e rapidamente havia envelhecido algumas décadas. Nada daquilo me comovia e não parecia me importar se por trás daquilo havia sofrimento. Estava zangado.
Curiosamente um homem estranho se aproximou dela. Em suas mãos, um pedaço de papel. Pedir o telefone naquele momento? Coitado...
— Com licença, Miss Stamp. A senhorita poderia me dar um autógrafo?
Acredito que perplexidade descreva o momento. Todos foram nocauteados com a pergunta, inclusive a própria Marianne, que franziu as sobrancelhas e calmamente retrucou:
— E por quê?
Pressenti a destruição generalizada.
— A senhorita é uma celebridade.
— Não, não sou.
O homem apenas sorria e praticamente empurrava o papel para cima dela.
— É, talvez, a pessoa mais famosa da Inglaterra.
— Mil desculpas, senhor, mas está me confundindo com outra Stamp.
— Não estou. Marianne Stamp.
Pus-me de pé. Uma bomba atômica estava prestes a detonar o navio.
— A famosa...
— Sir, acho melhor se retirar. — disse, já bem próximo à cena.
— Thomas Felder? — continuou o homem, com um brilho ainda maior em seus olhos.
Nunca havia visto aquele ser em toda a minha vida. Um psicopata que perseguia Marianne? O que a Inglaterra estava fazendo com nossas vidas?
— Por favor, Sir — continuei —, deixe-a em paz.
Felizmente obedeceu minhas súplicas e saiu reclamando que os ídolos ignoram os fãs. Loucura? No way. Quase a descoberta do ano? Absolutely.

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