Devo avisar que não vou falar sobre o filme.
"A origem" se refere a minha origem. Se é que tive uma origem...
Estava lendo Mary Westmacott hoje e para quem sabe quem é, ou melhor, de quem é esse pseudônimo, sabe ao que me refiro como "origem". Porque sim, se com meu português porco escrevo sobre a minha vida em forma de conto, é por causa dela.
Para ser bem sincera, eu não gosto dos livros dela como Mary Westmacott. Os dramas são mais uma autobiografia do que um drama em si. Isso fica muito claro em "O retrato", principalmente quando a Claire some por alguns dias e pensa em suicídio depois do marido a deixar. A Agatha nunca confirmou nem negou, mas é uma das hipóteses que surgiram em 1926 quando sumiu depois do marido pedir o divórcio para se casar com outra (homem é tudo igual... desde aqueles tempos!).
Não me lembro exatamente quando escrevi meu primeiro conto, ainda mais quando é a pessoa que nunca termina o que começa que está falando, mas eu lembro com todos os detalhes de como Marianne Stamp e Thomas Felder surgiram.
Eu acredito que o segundo livro da Agatha Christie que li foi "O inimigo secreto", estrelados por Thomas Beresford e Prudence qualquer-coisa. Tenho uma puta raiva quando a chamam de Tuppence Beresford, porque, damn it, em "O inimigo secreto" (o primeiro livro da dupla) ela ainda não era casada com o Tommy e o nome dela é Prudence! Só o Tommy a chama de Tuppence.
Agora qualquer uma das 6 pessoas (se tanto) que já leram alguma coisa criada por mim pode entender a escolha da Mary e do meu Tommy. Se levarem em consideração que sou apaixonada pelo Poirot e adoro os livros com o Arthur Hastings, entendem tudo. Entendem até a razão de eu ter escrito na net, por um certo tempo, como Judith Hastings. Tá, pra quem não sabe, Judith é uma das filhas do Hastings e se não me engano aparece em "Cai o pano".
Essa é a minha origem. Thomas Felder, o Thomas Beresford que tem uma paixão platônica por Prudence. Thomas Felder, o fiel Arthur Hastings sempre a piada favorita de Hercule Poirot. Marianne Stamp, a Prudence de Thomas Beresford. Marianne Stamp, o gênio Hercule Poirot que mais do que tudo precisa do seu amigo Arthur Hastings.
Isso é o que eu gosto de fazer, sem me importar se as pessoas gostam ou não. E me dói muito não mais conseguir.
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